Marechal Floriano: Tão pequena e tantos problemas!

Marechal Floriano, município serrano do Espírito Santo, conta com pouco mais de 17 mil habitantes, sendo cerca de 10 mil na zona urbana, conforme dados Censo 2021. Distante 43 km da capital capixaba (Vitória) parece que está fora do radar de administrações competentes e conscientes. A inércia administrativa é gritante. 

Reunião com moradores do bairro Santa Rita 

Em reunião de moradores, que aconteceu dia 17 de junho último, o pré-candidato a prefeito, Reginaldo Penha, e os pré-candidatos a vereadores Henrique Mattos, pastor Zaqueu, Isaura Busatto e Tânia Trento da Federação Brasil da Esperança (PT/PV), ouviram relatos assustadores.

Trânsito caótico nos 03 km² de perímetro urbano, transporte coletivo inexistente, iluminação pública caótica, impostos (IPTU e Taxa de Lixo) altíssimos e sem retorno ao contribuinte e o mais grave: os absurdos na área da saúde.

A fila de espera para realização de um simples RX leva o cidadão a pagar R$ 200,00, numa clínica particular, em caso de emergência médica. Na Policlínica os casos denunciam diagnósticos equivocados, como o de uma moradora que sob forte gripe foi diagnosticada com trombose e levada a Vitória sem necessidade - e o transporte é pago com o erário público.

Como no primeiro artigo de uma série, estamos mostrando os bastidores da vida do cidadão de Marechal Floriano. Este é um ano atípico. É ano de eleições municipais e é o momento de colocar transparência na administração pública, que ano após ano só levanta da cadeira para pedir votos.

Os moradores do bairro Santa Rita reclamam do calçamento das ruas, sem calçadas e apertadas. Citam as ruas Quinta dos Lagos e Paulo Lovatti (que até outro dia tinha outro nome). Uma das ruas poderia se tornar mão e a outra contramão, para evitar que muitos engarrafamentos, caminhões gigantes que seguem para as propriedades rurais e para a Granja Capixaba encurralem  pessoas, motociclistas e fazem os automóveis darem ré. 

Criticam a concessionaria de Energia, a EDP, por impor orçamentos estratosféricos para a capacidade de pagamento dos moradores e impondo dificuldades para ligação de padrões especiais e trifásicos, o que permitiria a criação de empresas que fomentariam emprego na região.

Regularização Fundiária é uma necessidade urgente. "Ninguém tem escritura aqui. Todos têm recibos de seus imóveis", disse uma moradora. E ela questiona o valor do IPTU e da Taxa de Lixo: o carnê entregue pela Prefeitura veio: R$90 de IPTU e R$140 de Taxa de Lixo. Como foram feitos esses cálculos, se a prefeitura nunca foi lá em casa para saber do tamanho do terreno, da área construída, das benfeitorias? Como vou acreditar que é justa essa cobrança? 

A coleta de lixo também é problema. Além de cara, como foi descrita por todos os presentes, não é seletiva. Em muitas ruas, o caminhão não passa recolhendo. Um dos moradores contou que precisa caminhar 300m, descendo morro, para colocar o lixo doméstico no Container de Lixo. Ele também reclama que paga a taxa de iluminação pública, mas sua rua — ainda sem nome — não tem postes e nem lâmpadas. 

Tudo foi anotado e será inserido no Plano de Governo que a Federação da Esperança vai fazer e apresentar aos moradores. Um documento contendo todas as demandas para, dentro de discussões do Orçamento Participativo, poder fazer muito mais pelo município e os moradores. 

Muda, Marechal Floriano!

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